sexta-feira, 21 de maio de 2010

POLÍTICA E ESPETÁCULO


 Fábio Coimbra



Sabemos que a política brasileira ainda é muito escassa de atitudes, qualidades e ações coerentes e concretas. Sabemos também, que muitos sãos os fatores que contribuem para a obtenção desses resultados alarmantes, que só prejudicam a sociedade.
            Se todos os dias, observarmos com atenção aquilo que ocorre na política brasileira, deparar-nos-emos com uma infinidade de problemas de etimologia política, que acontecem em geral ao nosso redor. Se fizermos isso, perceberemos que até as informações que recebemos são manipuladas pelos meios de comunicação, sobretudo os de massa, basta observar a relação entre as informações, ou seja, os fatos e a comunicação que deles nos são transmitida e logo perceberemos quantas ideologias, mascaras, fantasias, emoções e espetáculos estão embutidas nessas informações por parte das comunicações.
            Para ilustrar melhor tudo isto, que, está descrito acima, considerarei agora uma diferencia entre informação e espetáculo na política brasileira paranaense, mais precisamente de Curitiba.
            Uma nota divulgada na Internet e provavelmente em matéria de jornais e televisão publicava o perfil do prefeito Beto Richa. No que se refere à vida pública do prefeito enquanto político pude observar alguns espetáculos presentes na informação. Em parte, a nota dizia o seguinte:
“Atuando na prefeitura, Beto Richa abriu as portas de seu gabinete à população curitibana, recebendo sugestões e ouvindo críticas de moradores dos 75 bairros”.
            Aqui podemos observar o quanto a comunicação tenta iludir e emocionar o povo, ao informar-lhe que o prefeito abriu as portas de seu gabinete para acolher a população, porque bem sabemos que na pratica isto fica mais na teoria. No máximo, o prefeito o prefeito abre as portas de seu gabinete para acolher seus convidados especiais como: deputados, senadores, vereadores e empresários dentre outros. O povo por sua vez, fica em parte, esquecido e desta forma, é visto pelos poderosos, como alguém que só tem direito de receber aquilo que lhe é oferecido, sem direito ao menos de exigir qualidade e eficiência naquilo que lhe oferecem.
            Dificilmente um prefeito recebe pessoalmente em seu gabinete, sugestões e critica da população, no máximo, elas – as críticas e sugestões – à câmara de vereadores, que decide sobre elas e apresentar-lhe-ão ao prefeito.
Podemos notar que existe na sociedade intermediários, pelos quais passam as criticas e sugestões, antes de chegarem ao prefeito, mas a nota que divulgou esta noticia, diz que o prefeito “recebe em seu gabinete sugestões, assim também como ouve crítica”. Isto é uma fantasia, isto, é um espetáculo, que deve ser sanado da sociedade.

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