sexta-feira, 21 de maio de 2010

LAR UNIVERSITÁRIO ROSA AMÉLIA GOMES BOGÉA

 
Leilson Costa Fonseca[1]
Lucelya Carvalho Silva[2]

O Lar Universitário Rosa Amélia Gomes Bogéa (LURAGB), surgiu a quarenta anos, a partir da doação de uma casa feita pela senhora Rosa Amélia Gomes Bogéa, com a finalidade de assistir as jovens universitárias advindas do interior do estado. Na busca por seu espaço e o reconhecimento na sociedade maranhense as mulheres que ali se instalaram lutaram e lutam até hoje por melhorias na assistência estudantil tão negligenciada pelo poder público.
Temos na doação da senhora Rosa Amélia o primeiro passo para muitas conquistas das mulheres numa sociedade preconceituosa; no entanto pouco se fez pela classe nesses quarenta anos. A Universidade Federal do Maranhão de fato institucionalizou o LURAGB, entretanto nunca foi dada para as universitárias uma residência fixa; a Universidade paga aluguel de uma casa no Centro, que além de sofrer com os problemas típicos desse bairro como a falta de segurança e serviços de saneamento básico, também convivem com problemas estruturais de um imóvel antigo. A UFMA se compromete em fazer os devidos reparos por meio de solicitação ao NAE (Núcleo de Assuntos Estudantis) com as condições descritas anteriormente somadas a morosidade com que o NAE procura resolver os problemas das casas em geral, dá para se ter uma idéia de como é difícil concluir um curso superior nas moradias estudantis assistidas pela UFMA.
A luta por uma assistência estudantil de qualidade no Maranhão é dificultosa, mormente pela ausência de um planejamento por parte dos gestores da Universidade com a questão das residências estudantis; cada gestão adota uma política de assistência estudantil. Temos na gestão atual o iminente risco de se perder o pouco que se conseguiu durante todos esses anos, é fundamental a existência de um prédio próprio com a finalidade de abrigar estudantes de baixa renda advindos do interior que com muito esforço conseguiram ingressar no ensino superior público, entretanto há quatro anos os moradores das casas esperam esse prédio.
O projeto da casa no campus foi aprovado e desde 2006 foram iniciadas as obras que até os dias atuais não foram terminadas, nem se fala mais em casa no campus, ao invés disso a atual gestão tenta convencer os moradores a aceitar uma bolsa moradia, de acordo com esse projeto cada morador receberia uma bolsa que segundo informações de funcionários da UFMA é de trezentos reais. Para os moradores das casas essa bolsa moradia demonstra o descaso com que a UFMA trata a questão da assistência estudantil, temos um retrocesso, pois enquanto se prometia um local próprio que seria referência para futuros moradores que sonham em fazer um curso superior público, o que temos atualmente é a ameaça de perder as garantias atuais como aluguel, no caso da residência feminina, alimentação aos finais de semana bem como períodos de recessos, computadores com acesso a internet e conta de energia e água pagas pela UFMA.
O que os moradores de casa de estudante desejam é a continua expansão da assistência estudantil afim de que a universidade possa crescer em todos os aspectos respeitando as limitações de seus discentes, pois, mesmo sendo pública nem todos os seus ingressantes tem condições financeiras de custear sua permanecia no curso superior. Desse modo a classe estudantil reivindica participação no planejando da assistência estudantil da Universidade Federal do Maranhão.


Por Leilson Costa Fonseca e Lucelya Carvalho Silva.


[1] Graduando em Direito pela Faculdade São Luis
[2] Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão

Um comentário:

  1. Queria tirar uma dúvida, o que aconteceu com a casa doada por Dona Amélia, já que as estudantes residem em espaço alugado?

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