O breve estudo dos cinco primeiros capítulos da obra
de santo agostinho a respeito da obra de santo agostinho “sobre a potencialidade
da alma” nos possibilita ampliar os nossos conhecimentos em matéria filosófica.
A obra é um diálogo que se concretiza entre santo Agostinho
e Evódio. Evódio se encontra em volto de duvidas a respeito da alma e sua
potência, se é que ela tem ou não, se é infinita ou finita, sua natureza se ela
é semelhante ao ser divino ou não, e sua dimensão, se ela é matéria, qual a sua
estatura.
Querendo sanar todas essas duvidas, Evódio põe-se a
interrogar o bispo de Hipona, que depois lhe interroga também.
Ao iniciar o dialogo, Agostino esclarece bem duas
coisas: falar da alma e sua origem implicam em saber de onde vem o homem em sua
origem e de que ele é composto. Isso nos leva a entender a existência de uma
certa convergência que há entre alma e corpo, no sentido da e uma dicotomia no
sentido do retorno a essa origem, ou seja, embora a alma e o corpo tenham sido
criados por um ser transcendental, e ambos habitando um no outro formando o ser,
da mesma forma como as águas dos mares habitam na terra formando o planeta,
mesmo assim, eles possuem métodos de segmentos distintos. Uma vez dado o rompimento
definitivo entre eles (morte), o corpo se desfaz e volta à sua origem (terra, água,
ar e fogo). A alma, por sua vez, não tendo esses elementos em sua constituição,
retorna para a sua pátria de origem que é Deus.
Sendo assim, fica óbvio a imortalidade e eternidade
da alma, uma vez que ela é obra de Deus, e este, por sua vez é imortal,
imaterial e incorruptível, portanto eterno, que é o que é, e que a tudo faz
ser. Desta forma, fica constatado a superioridade em relação ao corpo. Se
compararmos pelo critério da mortalidade, deparar-nos-emos com a imortalidade
da alma que jamais deixa de ser o ser que é, e um corpo que morre a todo
instante em beneficio da libertação da alma, uma vez que ela se encontra nele,
ele é o cárcere dela. Se usarmos o critério da dimensão, percebermos um corpo
limitado em sua estatura, largura e volume, e uma alma que não se limita a
esses elementos corpóreos em virtude de sua transcendência.
Se analisarmos pelo critério da corrupção, notaremos
a presença de um corpo corruptível, que se corrompe a todo instante por causa
da materialidade, que lhe instiga a realizar seus desejos corpóreos, e, uma
alma que não se corrompe jamais por não ter em sua essência, nem ao menos, a
noção do corpóreo.
Com o avançar do estudo percebemos que esse assunto é
muito vasto e complexo. Portanto, um simples livro não seria capaz de esclarecer
tudo sobre a capacidade da alma e do corpo. Isso exigiria um tempo mais amplo
para diálogo e reflexão. Contudo, notamos a progresso dos nossos conhecimentos
a respeito da alma e do corpo nestes primeiro cinco capítulos que nos foram
propostos, uma minúscula parte do assunto apresentado por santo agostinho que
brota da do seu dialogo com evódio.
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