Fábio Coimbra
A
medicina alcança a sua autonomia e o seu dinamismo a partir do momento em que
Hipócrates desfruta dos resultados das experiências de anteriores gerações de
médicos. A medicina recebe o estatuto de ciência, quando ela abandona a forma
de organização e funcionamento mediante conhecimento mitológico e passa a utilizar
métodos mais precisos e eficazes. Isso possibilita a obtenção de resultados sistemáticos
provindos de princípios rigorosos que a ciência adota para obter mais qualidade
em seus estudos, pesquisas, investigações e comprovações.
A mais
antiga prática médica era exercida por sacerdotes. Eles tinham conhecimentos de
origem mitológica, a ponto de apresentar o “Centauro Quíron”, como instrutor
dos homens para a cura dos males. Podemos imaginar a grande desordem e
imprecisão das primeiras práticas medicinais. O mito, naquela época, era a
fonte de fundamentação para todos os fatos existentes e quaisquer outros que
viessem a existir, uma vez que a razão não era suficiente para dar fundamentos
precisos para os problemas.
Superando
a explicação mitológica e estabilizando-se em novas bases, a medicina alcança a
estatura de ciência com Hipócrates, tornando-se um saber autônomo.
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