Leilson
Costa Fonseca[1]
Lucelya
Carvalho Silva[2]
O Lar Universitário
Rosa Amélia Gomes Bogéa (LURAGB),
surgiu a quarenta anos, a partir da doação de uma casa feita pela senhora Rosa
Amélia Gomes Bogéa, com a finalidade de assistir as jovens universitárias advindas
do interior do estado. Na busca por seu espaço e o reconhecimento na sociedade
maranhense as mulheres que ali se instalaram lutaram e lutam até hoje por
melhorias na assistência estudantil tão negligenciada pelo poder público.
Temos na doação da
senhora Rosa Amélia o primeiro passo para muitas conquistas das mulheres numa
sociedade preconceituosa; no entanto pouco se fez pela classe nesses quarenta
anos. A Universidade Federal do Maranhão de fato institucionalizou o LURAGB, entretanto
nunca foi dada para as universitárias uma residência fixa; a Universidade paga
aluguel de uma casa no Centro, que além de sofrer com os problemas típicos desse
bairro como a falta de segurança e serviços de saneamento básico, também
convivem com problemas estruturais de um imóvel antigo. A UFMA se compromete em
fazer os devidos reparos por meio de solicitação ao NAE (Núcleo de Assuntos
Estudantis) com as condições descritas anteriormente somadas a morosidade com
que o NAE procura resolver os problemas das casas em geral, dá para se ter uma
idéia de como é difícil concluir um curso superior nas moradias estudantis
assistidas pela UFMA.
A luta por uma
assistência estudantil de qualidade no Maranhão é dificultosa, mormente pela
ausência de um planejamento por parte dos gestores da Universidade com a
questão das residências estudantis; cada gestão adota uma política de
assistência estudantil. Temos na gestão atual o iminente risco de se perder o
pouco que se conseguiu durante todos esses anos, é fundamental a existência de
um prédio próprio com a finalidade de abrigar estudantes de baixa renda
advindos do interior que com muito esforço conseguiram ingressar no ensino
superior público, entretanto há quatro anos os moradores das casas esperam esse
prédio.
O projeto da casa
no campus foi aprovado e desde 2006 foram iniciadas as obras que até os dias
atuais não foram terminadas, nem se fala mais em casa no campus, ao invés disso
a atual gestão tenta convencer os moradores a aceitar uma bolsa moradia, de
acordo com esse projeto cada morador receberia uma bolsa que segundo
informações de funcionários da UFMA é de trezentos reais. Para os moradores das
casas essa bolsa moradia demonstra o descaso com que a UFMA trata a questão da
assistência estudantil, temos um retrocesso, pois enquanto se prometia um local
próprio que seria referência para futuros moradores que sonham em fazer um
curso superior público, o que temos atualmente é a ameaça de perder as garantias
atuais como aluguel, no caso da residência feminina, alimentação aos finais de
semana bem como períodos de recessos, computadores com acesso a internet e
conta de energia e água pagas pela UFMA.
O que os moradores
de casa de estudante desejam é a continua expansão da assistência estudantil
afim de que a universidade possa crescer em todos os aspectos respeitando as
limitações de seus discentes, pois, mesmo sendo pública nem todos os seus
ingressantes tem condições financeiras de custear sua permanecia no curso
superior. Desse modo a classe estudantil reivindica participação no planejando
da assistência estudantil da Universidade Federal do Maranhão.
Por Leilson Costa
Fonseca e Lucelya Carvalho Silva.
Queria tirar uma dúvida, o que aconteceu com a casa doada por Dona Amélia, já que as estudantes residem em espaço alugado?
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