Fábio Coimbra[1]
No
que concerne ao estudo antropológico, isto é, da natureza humana propriamente
dita, fica óbvio que, de fato, existe uma certa diferença entre as naturezas:
humana e animal. Essa diferença também pode ser claramente notada mediante a
metodologia comportamental própria de cada uma dessas naturezas – humana e
animal.
Em se tratando das diferenças reais,
muito são os atos que distingui o homem do animal, como por exemplo: a
sexualidade. Segundo, Edvino A. Rabuske, os instintos humanos como a
sexualidade é excitável a qualquer hora em todos os dias do ano, ao passo que a
atividade sexual dos animais é periódica, cujo processo se inicia com a mudança hormonal na fêmea,
chamado cio, que então estimula o instinto do macho. Com isto, o autor nos quer
mostrar que a sexualidade humana distinguir-se-á da sexualidade animal na
medida em que a humana é passiva aos desejos do homem mediante a excitação
sexual que pode acontecer em indeterminados momentos todos os dias do ano. Desta
forma, a sexualidade masculina é sensível à excitação provocada pelo
comportamento feminino. Portanto, há uma tendência de ação estímulo – resposta
na atividade sexual humana. Já no exercício sexual dos animais, os princípios
são mais estreitos , partindo do pressuposto de que é a fêmea que estimula o
extinto do macho. Este por sua vez, põe-se a procura da fêmea para a realização
do seu desejo instintivo.
Cabe aqui levantar a hipótese de que
a atividade sexual entre os animais pode não ocorrer em todos dias do ano, como
acontece na relação sexual humana, devido à obediência a princípios de leis da
natureza, como por exemplo: a mudança hormonal na fêmea que resulta na relação sexual entre as
respectivas espécies. Isto não ocorre de forma sucessiva, mas periodicamente,
com probabilidade de acontecer a te mais de uma vez em um mesmo período, mas
desde que tudo esteja de acordo com a sistematização determinada pelas leis que
regem os respectivos grupos e espécies animais. Há uma grande diferença entre a
ação sexual humana e a ação sexual instintiva do animal.
Em determinadas situações o
comportamento dos animais parece estar fixado pela espécie e independe da
experiência individual de cada individuo, enquanto que não acontece o mesmo no
comportamento humano.
Notar-se-á ainda uma outra diferença
entre o homem e o animal, no que se refere à organização do esqueleto. Em
comparação com outros animais, há no esqueleto humano uma reconstrução
decisiva, como por exemplo: a ligação do crânio com a coluna vertebral, a
curvatura dos pés, o alargamento da caixa torácica dentre outros aspectos.
O comportamento do animal se
caracteriza pela sua ligação com o
meio-ambiente, enquanto que o comportamento humano se caracteriza biologicamente
por ser plástico, não-especializado: é diferenciado, flexível e adaptável.
Portanto, há instinto no homem, porém, diferente dos animais.
O homem é um animal diferente de
todos os outros animais, por que é o único que tem a capacidade de pensar, de
fazer acontecer, de fato, a sua história e praticar a sua cultura. O homem tem
o seu meio-ambiente que não é estruturado nem limitado por especialização
biológica. O animal em certos momentos parece estar especializado para
determinadas condições de vida, ou seja, há no animal um ajuste à natureza ,
ele próprio é a natureza, e ela é ele numa união indissolúvel.
O homem vive em sociedade, se
relaciona com todos os seus semelhantes e luta pelo seu bem e de toda a
comunidade. O animal vive em grupo ou em bando e luta pela sua sobrevivência de
acordo com a pré-programação de cada
espécie, ou seja, aquilo que é típico da espécie, não adquirido por experiência
individual de cada indivíduo.O homem , de fato, é um animal, porém racional.
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