terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE



Associados ao meio do qual somos partes, e atrelados a uma gama de fatores que ocorrem simultaneamente à nossa volta, vivemos na atual contemporaneidade um período histórico marcado pelo aparecimento de inúmeros limites ambientais que na prática representam esforços e tentativas de por certos freios a ação do homem que é, como se sabe, agente devastador e responsável direto pelo desequilíbrio que o meio ambiente vem sofrendo.
Convém precisar que é dessa ação devastadora do homem sobre o meio ambiente que se origina também a má qualidade de vida para muitos indivíduos que vivem em relação direta com esse meio tal como, por exemplo, as populações ribeirinhas que – dado os riscos de vida – estão em contato direto com o perigo, uma vez que – para o suprimento de suas necessidades básicas – usufruem, dos rios poluídos, a água, recurso fundamental à vida, e demais elementos. Daí a razão pela qual pode-se dizer que o respeito ao meio ambiente soa como pré-requisito básico à aquisição de certos níveis de qualidade de vida.
Dado que a ação do homem sobre o meio ambiente é – muitas vezes – demandada por um sistema [leia-se: o capitalismo] que busca a ferro e fogo obter riqueza e acumulação, e que encontra nos recursos  naturais um meio relevante para o alcance de sua meta, um problema que aqui vem alume é este: como conciliar qualidade de vida, respeito ao meio ambiente e interesses econômicos, ou cobiça de riqueza? Sem duvida esse é um grande problema a ser pensado. Como hipótese à problemática aqui suscitada, poder-se-ia dizer que, em muitos casos, os discursos advindos de certas instituições em prol de uma melhora na qualidade de vida das pessoas não passam de meras e idiotas teorias em tudo destituídas de relevância e sentido. Essas teorias nunca e jamais se assentarão no âmbito de uma práxis transformadora. Isto porque esses discursos são forjados no seio de instituições que estão mais preocupadas com suas riquezas do que com o meio ambiente. Portanto, precisamos convir que na sociedade capitalista, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente não passam de discursos de fachada, ou ainda de um grande engenho retórico usado pelas empresas que são mostradas pela mídia como ovelhinhas, mas que na pratica são leões, ou lobos, devoradores do meio ambiente [a mata atlântica, a Amazônia, o minério de ferro etc.] e do próprio homem.
Em suma, pode-se dizer aqui, e com propriedade, que qualidade de vida está para muito alem daquilo que muito se chama, mas, pouco se pratica, a saber, respeito ao meio ambiente. É preciso considerar também outros fatores que vão do cárcere à escola, do prostíbulo à igreja etc.

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