sexta-feira, 10 de junho de 2011

CRONOLOGIA DE MAQUIAVEL


NICOLAU, Maquiavel. O Príncipe. Trad. Maria Júlia Goldwasser. 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996 – (clássicos)

1469, 3 DE MAIO. Nasce Niccolò Machiavelli, filho de Bernardo, advogado, e de Bartolomea de Nelli, poetisa amadora. Terceiro de quatro filhos, Maquiavel é educado em um ambiente culto. Herdou do pai uma vocação para os estudos históricos e jurídicos. (p. XVII).

1469. Morre Pietro de Medici, sendo sucedido por seu filho, Lorenzo, o Magnífico. (p. XVII).

1476. Maquiavel inicia-se no estudo de matemática e do latim. (p. XVII).

1492. Morre Lorenzo de Medici, sendo substituído por seu filho Piero (1471-1503). (p. XVIII).

1494. SETEMBRO-DEZEMBRO, avançando suas pretensões sobre o reino de Nápoles, Carlos VIII, rei da França, chega à Itália e entra também em Florença. Piero de Medici é expulso da cidade sob a acusação de ter aceito, sem nenhuma hesitação, as onerosas exigências do soberano francês, e os habitantes de Florença proclama a republica. Gerolamo Savonarola aproveita-se da situação para torna-se árbitro da vida florentina. (p. XVIII).

1498, 23 DE MAIO. Acusado de heresia e excomungado, Savonarola é processado, enforcado e queimado na Piazza della Signoria. 19 de junho. Maquiavel é eleito secretário da república, ou seja, chefe da segunda chancelaria. (p. XIX).

1512. JULHO. Junto com Francesco della casa, Maquiavel é enviado à França para exprimir a Luís XII o ressentimento da República florentina depois do motim das tropas francesas que, a serviço de Florença, assediavam a cidade de Pisa. Maquiavel propõe aos franceses um sistema de alianças capaz de “reduzir os poderosos, agradar aos súditos, manter os amigos e proteger-se dos companheiros, ou seja, daqueles que querem ter igual autoridade”. (p. XX).

1503. AGOSTO. Morre o papa Alexandre VI, o pai do duque Valentino, e, apenas dois meses mais tarde (18 de outubro) o seu sucessor Pio III.
OUTUBRO. Maquiavel é enviado a Roma para acompanhar o novo conclave. (p. XXIII).

1510. JUNHO. O governo Florentino encarrega Maquiavel de servir de mediador entre o papa e o rei de França. (p. XXVI).

1512, 11 DE ABRIL. Batalha de Ravenna: os franceses vencem as tropas da Liga Santa, mas a chegada de reforços inimigos neutraliza os efeitos da vitória, obrigando os a deixar a planície paduana (norte da Itália). Florença fica a mercê do papa.

29 DE AGOSTO. As milícias comunais, reunidas por Maquiavel, são derrotadas pelas tropas espanholas e pontifícias que conquistam e saqueiam Prato.   
16 DE SETEMBRO, o governo republicano é desfeito e, com o apoio do papa, os Medici voltam para a cidade. Maquiavel não consegue escapar ao expurgo da organização estatal. (p. XXVIII).

1513, FEVEREIRO. Sob suspeita de participar de um complô[1] contra os Médici, Maquiavel é preso e torturado. Reconhecido inocente e colocado em liberdade, retira-se para Sant’ Andrea in Percussina, na Villa conhecida como L’ Albergaccio.
10 DE DEZEMBRO. Numa carta ao embaixador florentino Francesco Vettori, Maquiavel anuncia: “Escrevi um livreto, De Principatibus (O Príncipe), onde me aprofundo o mais que posso nos argumentos do assunto acima, investigando o que é principado, de que espécie são, como se conquistam, como se mantém, porque se perdem”. A obra é dedicada a Lorenzo II de Medici. (p. XXVIII).

1515, SETEMBRO. Maquiavel apresenta O príncipe a Lorenzo de Medici, que o acolhe com extrema frieza. (p. XXVIII).

1516. Confirmado mais uma vez sua exclusão de qualquer posto político, Maquiavel dedica-se à atividade literária [...]. (p. XXIX).

1517. Maquiavel conclui a obra Discorsi sopra La prima deca di Tito Livio, iniciada em 1513 e interrompida para a execução de O Príncipe. (p. XXIX).

1519, 4 DE MAIO. Morre Lorenzo II de Medici, e Maquiavel volta a vida política. O cardeal Júlio de Medici, que o sucede no governo da cidade, solicita – a pedido do papa, que tinha grande influência sobre a vida florentina – a opinião de Maquiavel sobre a futura ordem de Florença. (p. XXIX).

1520, JULHO. Maquiavel é enviado a Luca, para tutelar os interesses de alguns mercadores florentinos envolvidos numa grave falência.
NOVEMBRO. O Studio florentino (a universidade) confia a Maquiavel a tarefa de escrever a história de Florença. A obra [...] o mantém ocupado cinco anos [...]. (p. XXX).

1527, MAIO. [...] não apenas sua colaboração com a família Medici, mas também as interpretações facciosas de O príncipe – então já amplamente conhecido – o tornam alvo de profundas antipatias. “os ricos”, testemunha Giovan Batista Busini, “achavam que aquele seu Príncipe fosse um documento que ensinava ao Duque como tirar deles todas as riquezas, e os pobres julgavam O príncipe um documento destinado a ensinar aos ricos como tirar a liberdade dos pobre; os chorões (os seguidores de Savonarola) tinham Maquiavel como herético; os bons o consideravam um desonesto; os tristes o achavam mais triste ou mais valente do que eles; assim, todo o odiavam”. (p. XXXII).
21 DE JUNHO. Despojado de todos os seus cargos da nova república, morre pobre em Florença, chorado apenas por poucos amigos do cenáculo dos Orti Oricellari. No dia seguinte, é enterrado em Santa Croce. (p. XXXIII).





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