domingo, 8 de novembro de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME "A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO"

“A ultima tentação de cristo” é, sem dúvida, um dos filmes que mais causou controvérsias ao discurso da igreja ao longo de sua história milenar, sobre aquilo que seria os verdadeiros hábitos, modo de ser e identidade de cristo, o filho de Deus que desceu do céu para salvar a humanidade, conforme ela mesma (a igreja) prega e nós – por um ato de fé – acreditamos. O filme traz a tona algumas reflexões sobre as possibilidades das ações de cristo terem sido (em parte) determinadas pelas paixões. Portanto, trata-se de mostrar – no que a essa produção cinematográfica diz respeito – um cristo totalmente homem, que teria agido e se comportado como qualquer outro, logo, destituído de qualquer virtude divina. Por isso, não se descarta a possibilidade de (de acordo com o filme) Jesus ter tido relacionamento com mulheres. A ultima tentação de cristo (não se tratando do título do filme) seria, no entanto, a dele – reconhecendo-se plenamente humano, e, como tal, limitado – ousar abandonar toda a sua missão que seria a de morrer pelos homens para salvá-los de sues pecados. O filme chama a atenção para (no subentendido) a impossibilidade de Jesus suportar e carregar sobre si o “peso” da humanidade, uma vez concebido como homem e, portanto, marcado pela limitação. Ora, sendo essa a proposta do filme, fica óbvio que ele jamais seria aceito pela igreja, não sendo à toa na sua proibição pela mesma. E isso não somente pelo fato dele significar uma contradição à doutrina da igreja, mas também pelo fato de que coloca em estado de dúvida e, desse modo, em perigo toda a fé dos cristãos, pois, traz implícita a necessidade de repensar toda a vida de cristo, de onde provem o “credo” religioso.

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