segunda-feira, 2 de junho de 2014

UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO É POSSÍVEL: contribuições de Milton Santos e Amartya Sen



1 INTRODUÇÃO


A pesquisa em questão discute o contexto da globalização atual sob o olhar crítico do geógrafo brasileiro Milton Santos a partir de sua obra intitulada Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.  
Para fins de enriquecimento do debate, procuraremos – no decorrer da pesquisa – estabelecer um diálogo, relativamente ao assunto em questão, entre o geógrafo e dois economistas, que são o norte americano Joseph E. Stiglitz e o indiano Amartya Sen.
O objetivo desta pesquisa consiste em analisar a crítica de Milton Santos ao atual modelo de globalização, bem como a sua proposta de uma globalização nova. Buscaremos ver em quais aspectos uma se diferencia da outra e sob quais circunstâncias isso é possível.
Visando a uma concatenação consistente das ideias a serem apresentadas e defendidas, dividiremos a pesquisa em três partes. A primeira destina-se a analisar a crítica de Milton à ideia de globalização fazendo algumas interlocuções com Stiglitz. Em um tópico específico, abordaremos a questão do ceticismo no que diz respeito à ideia de globalização. A segunda parte, à sua vez, discute as possibilidades de uma nova globalização considerando que a globalização atual se encontra em um avançado estágio de evolução. Por fim, na terceira, e ultima parte, traz-se para o debate o filósofo e economista Amartya Sen, procurando colher suas contribuições a partir de algumas ideias presentes em suas obras.


2 CRÍTICA À IDEIA ATUAL DE GLOBALIZAÇÃO E PROPOSTA DE UMA GLOBALIZAÇÃO NOVA


Globalização é um tema a propósito do qual muito tem se debatido nos dias atuais. Para alguns teóricos trata-se de uma ideia controversa que teria fracassado ao não cumprir a promessa de melhorar o mundo. Um dos teóricos que toma partido na defesa dessa tese chama-se Joseph E. Stiglitz, economista norte americano que, em sua obra Globalization and its discontent, busca mostrar que “a globalização não resultou nos benefícios econômicos prometidos para algumas nações mais pobre do mundo”. Uma das ideias-chaves defendidas por Stiglitz é a de que “o compromisso do Banco Mundial e do FMI com os mercados livres como ideologia levou a muitos erros, em alguns casos drásticos, à custa dos pobres”. O que se destaca nesse contexto é uma certa negligência que houve, por parte das instituições financeiras, na promoção da melhoria da condição de vida dos mais pobres, sobre os quais teria caído o peso da globalização excludente e perversa.
A origem da perversidade desse modelo de globalização, a nosso ver, reside num problema de natureza ética e moral. Tudo começa quando a busca de lucro se impõe visando ao benefício das grandes instituições financeiras, bem como ao das grandes empresas multinacionais. Consequentemente, deixa-se de lado o outro, o ser. E nesse sentido surge o problema ético. Pois a Ética pressupõe o outro e as boas maneiras de cuidar desse outro.
Num mundo onde a preocupação com a busca de riqueza ocupa o centro da preocupações, o homem acaba por ficar de fora não só da atenção, como também dos caminhos que levam ao gozo dos benefícios do mundo globalizado. Nesse contexto, é mister perguntar quem é esse homem que está fora dos benefícios da globalização. Esse questionamento é interessante pelo fato de que não podemos esquecer que há aí uma parcela de homens que se beneficiam em cima do prejuízo dos outros. Podemos afirmar que os beneficiários constituem uma pequena parcela mundial, enquanto os excluídos desse processo constituem a maioria: um imenso aglomerado de homens, mulheres e crianças, desempregados, mendigos e famintos que se vê por todos os lados, sobretudo nos países mais pobres, como é o caso de muitos países da África e da America Latina.
Outra ideia-chave defendida por Stiglitz, e que aqui chama muito a atenção, é a de que “o problema não é a globalização em si, mas a maneira como está sendo promovida e administrada”. Por esse ponto de vista, a tese em questão não é a da supressão da ideia de globalização, mas, sim, a de redimensionar a sua administração. Entretanto, os diferentes interesses que dão movimento a essa ideia fazem com que ela apareça como uma má ideia, ou simplesmente como uma ideia perversa, fracassada, tal como pretende Milton Santos. Assim, o que está se questionando é, sobretudo, o modo como a globalização tem sido conduzida pelas instituições financeiras e pelas multinacionais. É exatamente a maneira como ela atualmente é conduzida por essas instituições que fazem com que – ao não se promover uma melhoria dos desprivilegiados social e economicamente – ela se torne uma ideia falsa e contraditória ao não efetivar na prática um discurso que em tese é defendido. Daí resulta, por parte de alguns teóricos, um certo ceticismo com relação à ideia de globalização.


2.2 Fundamentos do ceticismo quanto à ideia de globalização


O ceticismo dos céticos com relação à ideia de globalização é reforçado com a realidade que atualmente se vê por todos os lados: fome, miséria, pobreza, dentre outros, que diariamente leva à morte milhares de pessoas por todo o mundo. Mesmo nos países mais ricos, há aqueles que são excluídos dos benefícios da prestação dos serviços básicos, como, por exemplo, os afro-americanos nos Estados Unidos, tal como mostra Amartya Sen em sua obra Desenvolvimento como liberdade. O que fica claro nas analises do atual estágio da globalização, é que não há, de fato, uma preocupação em se promover a melhoria daqueles que vivem em condições de vida miserável.
Uma terceira ideia-chave apregoada na teoria de Stiglitz é a de que “se pudermos superar a inflexibilidade ideológica e os poderosos interesses das instituições multilaterais e multinacionais do ocidente, a globalização poderá trazer benefícios para todos”. Nesse contexto, coloca-se um grande desafio, que é o da reversão dessa situação. A questão interessante ai consiste em saber se, de fato, essa é uma ação possível, considerando o grau de complexidade que permeia a fase atual da globalização, bem como o avançado estágio do capitalismo moderno enquanto sistema que a tudo busca controlar.
Redimensionar os modos de condução e administração da globalização atual significa, em primeiro, lugar trazer o homem para o centro das atenções, buscando observar – e suprimir por meio de boas ações – a totalidade de suas necessidades para que ele tenha uma vida mais digna de ser vivida, uma vida melhor.   Esse, de fato, é um grande desafio, haja vista implicar para as instituições financeiras e para as multinacionais, preocupadas com a aquisição e acumulação de riqueza, um abandono do projeto que ocupa o centro das discussões pela adotação de um novo projeto, voltado mais para a efetivação da dignidade humana do que para a busca de riqueza. A busca de riqueza, tal como se configura atualmente, é um desdobramento do capitalismo moderno que, em sua essência, constitui um fator de degradação da condição humana. O capitalismo é um animal selvagem devorador de tudo quanto lhe parecer fonte de riqueza e lucro.


3 A POSSIBILIDADE DE UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO


“Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo,
mediante uma globalização mais humana”. (Milton Santos)

Na esteira da possibilidade de uma outra globalização enquanto permeada por valores éticos e morais é que se destaca o pensamento do geógrafo brasileiro Milton Santos relativamente no que diz respeito a sua obra intitulada Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Essa obra é um clássico do pensamento crítico à ideia de globalização e traz a relevo aquilo que seria o seu fracasso. Ao mesmo tempo, aponta para a possibilidade de se construir um novo mundo globalizado onde não mais imperem os modos de administração que caracterizam a globalização atual. Nesse contexto, ele fala, então, da existência de pelo menos três mundos, dos quais o terceiro é o mais relevante: a construção da nova globalização.


De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. [1]


Ao contrario da perversidade[2] que caracteriza a atual fase da globalização voltada para a construção de um espaço unipolar de dominação, Milton Santos “trata da globalização como um espaço aberto ao futuro de uma nova civilização planetária”. Nessa perspectiva, parece-nos, a tese central não e a de suprimir a ideia de globalização, mas, sim, a de reverter a sua atual configuração; seu atual modelo e o seu centro de comando que, nos nossos dias, é liderado pelo Banco Mundial, o FMI e demais instituições financeiras, bem como as multinacionais, como, por exemplo, a Nike.


Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. Há uma busca de uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos, mas o mundo se torna menos unido, tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal. Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado. [3]


Milton Santos entende que esse modelo atual da globalização, ao priorizar o mercado, não dá atenção aos pobres, não faz nada para resolver os problemas da fome que diariamente mata milhares de pessoas no mundo, não tem preocupações com as culturas locais, não trata com respeito os países do terceiro mundo. E tudo isso é tramado por essas agências e disseminado pela mídia, que muito pouco faz pelas pessoas das classes mais baixas. Essa mídia também tem o poder de manipular e criar uma falsa consciência, bem como um falso conhecimento a cerca dos acontecimentos, dos fatos e do mundo. Pois, tudo o que é transmitido pela mídia é selecionado de acordo com os interesses que estão por traz das grandes empresas que detém o poder de controlar a informação, já que as mídias pertencem a determinados grupos. Essa cultura midiática se constitui como contraponto à cultura popular, que surge a partir da criatividade e invenções dos grupos humanos e das comunidades, e que norteia e dá sentido à suas vidas no processo de sua existência.
A cultura de massa, imposta pela mídia busca suprimir as culturais locais em benefício de uma cultura planetária que só aparentemente está preocupada com a conservação das culturas tradicionais. Só aparentemente a cultura midiática se preocupa com os interesses de todos, quando na verdade, o que está em jogo aí é uma promoção dos interesses da minoria rica em detrimento do interesse da maioria pobre e oprimida. Há, nesse contexto, um processo de alienação que só pode ser rompido com a práxis e o grito dos oprimidos por liberdade e, consequentemente, a junção de suas forças agindo contra um sistema que a tudo busca controlar, manipular e dominar. Somente a união dos de baixo e sua revolta contra os opressores, os de cima, mudarão o curso da historia e o sentido da vida e da existência, onde não mais prevalecerão os valores mercantis, mas, sim, a solidariedade humana, o respeito para com o outro, os valores éticos, morais e culturais, e, por fim, a cidadania.
Somente a substituição do atual modelo de globalização que coloca o dinheiro no centro das atenções, por uma outra que, ao invés do dinheiro, coloca no centro no homem, enquanto ser humano, pensante, racional, dotado de necessidade reaias básicas como moradia e alimentação – somente esse novo modelo poderá lançar as bases para a construção de uma sociedade mais justa, abrindo assim o caminho para a construção de uma “nova civilização planetária”. Chegaríamos, desse modo, a um outro conceito de história pautado na efetivação dos interesses comuns da humanidade e não mais nos dos dominadores.


4 CONTRIBUIÇÕES DE AMARTYA SEN


Assim como Milton Santos, Amartya Sen, filósofo e economista indiano, também traz suas contribuições para a construção de um novo mundo, no qual seja o homem, e não a busca de riqueza, o centro da atenção do mundo. Para Sen, a nosso ver, as calamidades sociais que vemos hoje se devem a muitos fatores, dentre os quais destacar-se-ia o rompimento entre ética e economia no início dos tempos modernos. Com essa cisão, a economia se volta para o mercado. A ética, à sua vez, fica nas laterais das discussões econômicas. O desenvolvimento do capitalismo teria deixado de lado as preocupações e reflexões sobre a ética, colocando assim no centro das discussões as questões relativas à economia. Assim, o homem teria saído de cena e ficado em segundo plano. Ao discorrer sobre a temática do desenvolvimento, Sen, assim, como Milton Santos, é motivado também pela ideia de trazer o homem para o centro das atenções.
Entendemos que para Sen, o primeiro passo para isso consistira na restituição dos laços entre ética e economia. Assim, partindo do princípio de que houve um rompimento na relação entre ética e economia, ele mostra como o rompimento entre ambas diminui a abordagem da ética nas discussões econômicas no contexto da economia moderna. Sen argumenta que “é correto afirmar que um contato mais próximo entre ética e economia, pode ser benéfico não apenas para a economia, mas até mesmo para a ética”. [4]
Na sua obra intitulada Sobre ética e economia, Sen chama a atenção especialmente para essa cisão que houve entre essas duas categorias. Ele entende que dessa cisão só resultaram malefícios para a humanidade. E, nesse contexto, o seu pensamento mantém certa aproximação com o do geógrafo brasileiro. Pois, ambos vão tentar mostrar os caminhos capazes de conduzir à construção de um novo mundo que seja mais humano. O que caracteriza esse novo projeto de humanidade e de globalização é o deslocamento do homem periferia das atenções para o centro das mesmas. O objetivo é, parece-nos, a construção de uma sociedade na qual sejam os valores éticos, morais e culturais os norteadores da justiça e não mais a atitude autoritária e desenfreada dos opressores sobre os oprimidos fazendo, destes, escravos a seu serviço. 
Sen e Milton santos vão, então, propor em contextos geográficos diferentes (Sen na Índia, e Milton, no Brasil) saídas para os problemas que atualmente mais afligem a humanidade como, por exemplo, pobreza e fome. Sen vai propor a harmonia entre ética e economia como sendo um dos requisitos para a construção de uma nova sociedade.
Milton Santos, à sua vez, vai então propor um novo modelo de globalização no qual se dê voz ao outro, que se atenda às suas necessidades, que se respeitem os seus direitos, sua dignidade, e que, acima de tudo, se privilegie a ética e a responsabilidade moral.  Em contrapartida, é mister desconstruir os meios que contribuem para a unipolarização do domínio dos poucos privilegiados sobre os muitos desprivilegiado que vivem à margem da sociedade, tratados muitas vezes como bichos, ao invés de como pessoas, portadoras de valores.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Ética e moral são duas palavras-chave indispensáveis à construção de uma nova sociedade onde vigore a justiça, a fraternidade, o respeito e a dignidade do outro. De fato, se quisermos construir uma sociedade justa é para o outro, o ser, que devemos dirigir nosso olhar, nossa atenção, e não necessariamente para o mandamento das normas, que, muitas vezes, estão aí apenas para garantir os interesses dos grupos privilegiados social e economicamente.
O mundo no qual vivemos caracteriza-se, também, pela crueldade com que pessoas pobres são tratadas. Vivemos num mundo onde a ética é uma palavra quase em extinção. Não se respeita e nem se promove os de baixo. Pelo contrario, busca-se, a ferro e fogo, explorar e sugar tudo o que ainda lhes resta.
O capitalismo, que define-se também por ser uma busca desenfreada por riqueza, se constituiu modernamente como o maior inimigo da promoção dos valores éticos, morais e culturais da humanidade. Nele, todos os valores são relativizados com vista à obtenção de lucro. A esse mundo dá-se também o nome de mundo globalizado, donde a palavra globalização quer significar uma espécie de sistema mundial que abarca a tudo e a todos. O que vale, acima de tudo, é o dinheiro. Assim, as pessoas ficam em segundo lugar. Há, portanto, na base desse mundo globalizado um processo de injustiça que perpassa consideravelmente a vida moderna. Para essa injustiça contribuem tantos as instituições jurídicas, como as financeiras.
É no contexto de um mundo dessa natureza, que se destaca o pensamento de Milton Santos, enquanto crítico do atual modelo de globalização. Apesar do elevado avanço do capitalismo e da globalização atual, o geógrafo acredita que esse estágio ainda pode ser revertido. Sua preocupação fundamental pode-se dizer que consiste em trazer o homem para o centro das atenções, para que se ouça sua voz, se veja suas necessidades e se dê destaque à sua humanidade, seus valores, sua cultura.
Milton Santos acredita que a evolução da humanidade se dá por etapa. Assim, ele propõe uma nova forma de globalização que se configuraria por ser uma nova etapa, um novo capítulo na história da evolução humana. Entretanto, essa construção de uma nova etapa, diga-se: uma nova globalização, não seria algo tão fácil. Como ele bem refere: “A gestação do novo, na história, dá-se, frequentemente, de modo quase imperceptível para os contemporâneos, já que suas sementes começam a se impor quando ainda o velho é quantitativamente dominante”. [5] O velho que predomina ao qual Milton Santos se refere é, entenda-se, a atual fase da globalização. 
Para o geógrafo, a atual globalização caracteriza-se por ser uma globalização perversa, sobretudo pelo fato de que ela “não se verifica de forma homogênea”. Ele entende que “a globalização agrava a heterogeneidade, dando-lhe mesmo um caráter ainda mais estrutural”, [6] pois é cega às realidades locais. É exatamente nessa cegueira que está o seu maior defeito.
Alem das reflexões de Milton Santos, procuramos também, como forma de enriquecimento do debate, trazer as contribuições de outros dois grandes nomes que discutem os problemas do mundo moderno globalizado: o economista Joseph E. Stiglitz e o economista e filósofo indiano Amartya Sen. Destes autores procuramos trazer apenas algumas ideias que julgamos relevante a construção deste trabalho, sem, no entanto, fazermos um maior aprofundamento a cerca de suas ideias.

REFERÊNCIAS

SEN, Amartya. Sobre Ética e Economia. Tradução de Laura Teixeira Mota. São Paulo: Companhia das letras, 1999.


SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 18 ed. Rio de Janeiro: Record, 2009




[1] SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 18 ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 18.
[2]De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades como a SIDA se instalam e velhas doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal. A mortalidade infantil permanece, a despeito dos progressos médicos e da informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível. Alastram-se e aprofundam-se males espirituais e morais, como os egoísmos, os cinismos, a corrupção”. (Idem, p. 19-20).
[3] Ibidem, p. 19.
[4] SEN, Amartya. Sobre Ética e Economia. Tradução de Laura Teixeira Mota. São Paulo: Companhia das letras, 1999. p. 94.

[5] SANTOS, op. cit., p. 141.
[6] Idem, p. 142. 

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