Varias são as razões pelas
quais a filosofia contemporânea se distingue das anteriores. Para fins de
esclarecimentos [bem como para a obtenção de um ponto de partida], pode-se, em princípio,
estabelecer uma definição, um conceito, ou, talvez, apenas uma noção do que
venha a ser esse período.
Por história da filosofia contemporânea
deve-se se entender a rejeição a modelos pressupostos de pesquisa filosófica
ancorados em quatro grandes correntes, a saber, o hegelianismo, o positivismo,
o naturalismo e o escolasticismo. É a
partir dessa rejeição a esses modelos de pesquisa que surgir uma crise da
filosofia enquanto discurso teórico [a
filosofia contemporânea é a crise da filosofia enquanto discurso teórico]. Em
meio a esse cenário de crise, dar-se, então, o surgimento de quatro grandes tendências,
quais sejam: o historicismo de Dilthey [voltado ao fortalecimento das
ciências do espírito. É importante assinalar também que o historicismo de
Dilthey se vale do conceito hegeliano de espírito objetivo. Não obstante, tem
também a pretensão de retirar da história a roupagem teológica que lhe fora
dada pela filosofia da história de Hegel]; a filosofia analítica de Frege; a hermenêutica
fenomenológica de Heidegger [que surge no sentido de levantar questões
sobre o ser] e a fenomenologia de Hussel [que é fruto de um processo maior que
se dá, ou se inicia através de um retorno a Kant].
ver a esse respeito, Benedito Nunes, texto "Filosofia Contemporânea".
ver a esse respeito, Benedito Nunes, texto "Filosofia Contemporânea".