NICOLAU, Maquiavel. O
Príncipe. Trad. Maria Júlia Goldwasser. 2ª Ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1996 – (clássicos)
1469, 3
DE MAIO. Nasce Niccolò Machiavelli, filho de Bernardo, advogado, e de Bartolomea
de Nelli, poetisa amadora. Terceiro de quatro filhos, Maquiavel é educado em um
ambiente culto. Herdou do pai uma vocação para os estudos históricos e
jurídicos. (p. XVII).
1469. Morre
Pietro de Medici, sendo sucedido por seu filho, Lorenzo, o Magnífico. (p.
XVII).
1476.
Maquiavel inicia-se no estudo de matemática e do latim. (p. XVII).
1492. Morre
Lorenzo de Medici, sendo substituído por seu filho Piero (1471-1503). (p.
XVIII).
1494.
SETEMBRO-DEZEMBRO, avançando suas pretensões sobre o reino de
Nápoles, Carlos VIII, rei da França, chega à Itália e entra também em Florença.
Piero de Medici é expulso da cidade sob a acusação de ter aceito, sem nenhuma
hesitação, as onerosas exigências do soberano francês, e os habitantes de
Florença proclama a republica. Gerolamo Savonarola aproveita-se da situação
para torna-se árbitro da vida florentina. (p. XVIII).
1498, 23
DE MAIO. Acusado de heresia e excomungado, Savonarola é processado, enforcado e
queimado na Piazza della Signoria. 19 de
junho. Maquiavel é eleito secretário da república, ou seja, chefe da
segunda chancelaria. (p. XIX).
1512.
JULHO. Junto com Francesco della casa, Maquiavel é enviado à França para
exprimir a Luís XII o ressentimento da República florentina depois do motim das
tropas francesas que, a serviço de Florença, assediavam a cidade de Pisa.
Maquiavel propõe aos franceses um sistema de alianças capaz de “reduzir os
poderosos, agradar aos súditos, manter os amigos e proteger-se dos
companheiros, ou seja, daqueles que querem ter igual autoridade”. (p. XX).
1503.
AGOSTO. Morre o papa Alexandre VI, o pai do duque Valentino, e, apenas dois
meses mais tarde (18 de outubro) o seu sucessor Pio III.
OUTUBRO. Maquiavel
é enviado a Roma para acompanhar o novo conclave. (p. XXIII).
1510.
JUNHO. O governo Florentino encarrega Maquiavel de servir de mediador entre o
papa e o rei de França. (p. XXVI).
1512, 11
DE ABRIL. Batalha de Ravenna: os franceses vencem as tropas da Liga Santa, mas a
chegada de reforços inimigos neutraliza os efeitos da vitória, obrigando os a
deixar a planície paduana (norte da Itália). Florença fica a mercê do papa.
29 DE
AGOSTO. As milícias comunais, reunidas por Maquiavel, são derrotadas pelas
tropas espanholas e pontifícias que conquistam e saqueiam Prato.
16 DE
SETEMBRO, o governo republicano é desfeito e, com o apoio do papa, os Medici
voltam para a cidade. Maquiavel não consegue escapar ao expurgo da organização
estatal. (p. XXVIII).
1513,
FEVEREIRO. Sob suspeita de participar de um complô[1] contra os
Médici, Maquiavel é preso e torturado. Reconhecido inocente e colocado em
liberdade, retira-se para Sant’ Andrea in Percussina, na Villa conhecida como
L’ Albergaccio.
10 DE
DEZEMBRO. Numa carta ao embaixador florentino Francesco Vettori, Maquiavel
anuncia: “Escrevi um livreto, De
Principatibus (O Príncipe), onde me aprofundo o mais que posso nos
argumentos do assunto acima, investigando o que é principado, de que espécie
são, como se conquistam, como se mantém, porque se perdem”. A obra é dedicada a
Lorenzo II de Medici. (p. XXVIII).
1515,
SETEMBRO. Maquiavel apresenta O príncipe
a Lorenzo de Medici, que o acolhe com extrema frieza. (p. XXVIII).
1516. Confirmado
mais uma vez sua exclusão de qualquer posto político, Maquiavel dedica-se à
atividade literária [...]. (p. XXIX).
1517. Maquiavel
conclui a obra Discorsi sopra La prima
deca di Tito Livio, iniciada em 1513 e interrompida para a execução de O Príncipe. (p. XXIX).
1519, 4
DE MAIO. Morre Lorenzo II de Medici, e Maquiavel volta a vida política. O
cardeal Júlio de Medici, que o sucede no governo da cidade, solicita – a pedido
do papa, que tinha grande influência sobre a vida florentina – a opinião de
Maquiavel sobre a futura ordem de Florença. (p. XXIX).
1520,
JULHO. Maquiavel é enviado a Luca, para tutelar os interesses de alguns
mercadores florentinos envolvidos numa grave falência.
NOVEMBRO. O Studio
florentino (a universidade) confia a Maquiavel a tarefa de escrever a história
de Florença. A obra [...] o mantém ocupado cinco anos [...]. (p. XXX).
1527,
MAIO. [...] não apenas sua colaboração com a família Medici, mas também as
interpretações facciosas de O príncipe
– então já amplamente conhecido – o tornam alvo de profundas antipatias. “os
ricos”, testemunha Giovan Batista Busini, “achavam que aquele seu Príncipe fosse um documento que ensinava
ao Duque como tirar deles todas as riquezas, e os pobres julgavam O príncipe um documento destinado a
ensinar aos ricos como tirar a liberdade dos pobre; os chorões (os seguidores
de Savonarola) tinham Maquiavel como herético; os bons o consideravam um
desonesto; os tristes o achavam mais triste ou mais valente do que eles; assim,
todo o odiavam”. (p. XXXII).
21 DE
JUNHO. Despojado de todos os seus cargos da nova república, morre pobre em
Florença, chorado apenas por poucos amigos do cenáculo dos Orti Oricellari. No
dia seguinte, é enterrado em Santa Croce. (p. XXXIII).
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