Se olharmos para os últimos
tempos da história política do Brasil, veremos nela alguns avanços que, apesar
de pequenos, não deixam de ter sua relevância para o progresso. Recentemente, o IBGE divulgou uma pesquisa
onde mostrou que a expectativa de vida do brasileiro aumentou cerca de 25, 4
anos, correspondendo essa evolução ao período que vai de 1960 a 2010. Isso
prova que – dada a veridicidade dos fatos – mudanças estão ocorrendo e,
sobretudo, mudanças política de ordem estrutural.
Cumpre aqui ressaltar que na
concepção da ONU (Organização das Nações Unidas), os programas sociais do Brasil a exemplo do bolsa escola, bolsa alimentação,
bolsa família, prouni ou cotas para negros no sistema privado de ensino
superior etc. são vistos como eficazes para o combate à pobreza, à fome e à
redução das desigualdades sociais e regionais. Também recentemente, houve
no Rio de Janeiro a Rio+20 (conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável)
onde muitas pessoas de vários países do mundo participaram democraticamente
pretendendo influenciar assim – por meio do exercício da “democracia” – a
agenda política de suas nações. Ou seja, o povo está se mobilizando.
No Brasil, a
mobilização da população – como expressão da efetivação da sua educação em
detrimento da sua ignorância – vem interferindo na agenda política brasileira.
Exemplo disso são os projetos de iniciativa popular que aqui podemos citar a
Lei da ficha Limpa e o Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social dentre outros, que não passam de
cinco ao todo.
Recentemente, o TSE decidiu por 4 votos a 3
aprovar a candidatura de candidatos contas sujas para as eleições municipais. O voto decisivo, já que estava empatada em 3 a
3, foi o do ministro Dias Toffoli, que é também ministro do STF. Tomar uma decisão dessa num momento em que
mudanças significativas dão sinal de que vão acontecer é o mesmo que andar para
traz. E isso significa atropelar a efetivação da democracia que vinha sendo
praticada. Parece que Lula e o PT se
beneficiaram mais do que a população, já que essa era a vontade dele e outros
partidos. Admitir o contrário seria um contrassenso. Alem do mais, não podemos
esquecer que Lula já tentou forçar o ministro Gilmar Mendes do STF a adiar o
julgamento do mensalão. O PT está entre os partidos com maior número de
envolvidos nos esquemas de corrupção. Essa decisão do TSE, do ponto de vista das mobilizações sociais, me
parece burra e não contempla os interesses da população.
Eu não me pergunto como o povo vai reagir a isso nas eleições, ou se o
candidato ficha suja vai ser eleito ou não. O que eu me pergunto é: até quando a democracia vai continuar
sendo afetada por decisões verticais de instituições burocráticas que pisam a
liberdade do povo?
Essa decisão burra do TSE não é fruto do acaso. Tudo tem uma causa, uma razão de ser. Pensemos
nisso.
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